Com delegações e representes de lojas maçônicas de todo o Brasil e de outras nações como Reino Unido, Estados Unidos, Bélgica, Portugal, Marrocos, México, Israel, Filipinas, Paraguai, Argentina, Uruguai, Chile, Peru e Bolívia, o bicentenário do Grande Oriente do Brasil (GOB) — mais antiga associação de lojas maçônicas no país — foi celebrado no último dia 17 junho em sessão solene do Congresso Nacional.
A sessão foi requerida pelos parlamentares maçons, senadores: Izalci Lucas (PSDB-DF) e deputado General Girão (PL-RN). Ao destacar o papel da maçonaria na história brasileira, Izalci lembrou os princípios iluministas — Liberdade, Igualdade e Fraternidade — que norteiam as organizações maçônicas e a luta pela paz entre as nações, tendo como propósito o ser humano. — Nos momentos mais importantes do nosso país, como a independência, a abolição da escravatura, a proclamação da república e, mais recentemente, a luta redemocratização, esses bravos defensores de nossa pátria, os maçons do Brasil, foram, sobretudo, os protagonistas desses feitos. D. Pedro II, José Bonifácio, Gonçalves Ledo, José do Patrocínio, Joaquim Nabuco e o Duque de Caxias, dentre outros, são exemplos e referência para todos nós.
Para Izalci, além de homenagear os maçons de ontem, é preciso ressaltar que a nova geração deve se “incorporar à tarefa que os desafia e que exige mudanças contra as injustiças sociais que afligem e angustiam o nosso povo”. — Está em nossas mãos, nas mãos de todos os brasileiros de bem, empreender uma verdadeira cruzada contra a discriminação, o preconceito, a falta de civismo, a corrupção e os descaminhos.
Emocionado, o Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil, Múcio Bonifácio Guimarães, disse que já era planejado há um ano que essa seria uma das mais memoráveis sessões em homenagem à organização. “Ao comemorar os 200 anos do GOB, estamos comemorando os 200 anos da maçonaria brasileira. Estamos percorrendo talvez, se não na institucionalização, mas pelo sentimento participativo, a construção de uma unidade maçônica única e indivisível no Brasil.
Para Guimarães, os ciclos históricos mostram e pontuam os caminhos e as análises que os brasileiros devem percorrer. Eu tenho perfeita consciência como acredito, todos nós maçons, que os eventos de 1927 e de 1973, com o surgimento das outras duas potências regulares, que estão conosco ombreando hoje os destinos da maçonaria brasileira, foram acontecimentos importantes para mostrar o pluralismo de ideias e a vontade de acertar e a vontade de trabalhar em favor do Brasil. E é isso que tem como reflexo, sobretudo esse momento histórico, que é gratificante para nós todos e que nos emociona.”
A Grande Loja Maçônica de Minas Gerais foi representada pelo Sereníssimo Grão-Mestre, Sérgio Quirino Guimãres e pelo Grande Secretário de Relações Exteriores, Wilson Filho.
Texto adaptado: www12.senado.leg.br